as pedraS . . .

DAS DIPLOMACIAS...

o tempo todo somos convocados
a ser diplomatas em nosso país estrangeiro
onde somos naturais e forasteiros
dentro de nós
fora de tudo que é nacional

e tudo em volta é rústico e alheio
os modos duros e as intenções resinosas

de mesquinhez e interesses...

e somente uma embaixatriz da delicadeza
pode nos dar a certeza
de que ainda podemos ser nós,
e estar nem sempre estando
mas nunca deixar-se muito tempo
fora de si mesmo e em órbita
na urbe romana e estrangeira
de nossa terra natal



(Rio, maio de 2012)