silêncio profundo
silêncio do tamanho do mundo
de onde nenhum passarinho pode sair
silêncio profundo
silêncio do tamanho do tempo
árvore na campina carregada de anjos
silêncio profundo
silêncio azul de um prelúdio
nuvens e canários à espera
(3 de agosto de 2017)
Ouvir da pedra o seu silêncio. Contemplar. Aprender da pedra o quanto pedra somos. Porém: o quanto água pensamos, por imagens e palavras fluidas. Portanto, permitir sempre que se desfaça a estrutura rígida de nós mesmos.
as pedraS . . .
Estou começando a aceitar,
Aceitar sentir as coisas no fundo
As coisas fundas no fundo da alma
Estou começando a permitir
O mergulho no momento denso
O peito comprimido e o corpo oprimido
Dentro de uma atmosfera densa
Estou evitando fugas
Porque já descobri
Que fugas não existem
Estou vivendo a solidão quando
A solidão assim insiste
E aprendendo a viver a companhia
Quando os companheiros vão surgindo
Ao caminho
Às vezes percebo as facetas de Deus
E toda a sua generosa dualidade:
Há momentos em que somos habitantes
Do tempo e do lugar que nos cerca
E há momentos em que somos forasteiros dentro
Desses mesmos lugar e
Tempo
Somente existe o momento
E se consigo sentir e acatar isso
Se desfaz esse tormento
De se sentir alheio e estrangeiro
A tudo
.
A bondade de Deus é mostrar-nos o sofrimento e
O seu doce reverso
Quando neste agora
Escrevo uns versos ou
Algo do gênero
E passo a morar pleno no tempo
Mesmo que momentaneamente
(24 de junho de 2017)
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