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Há alguns minutos atrás eu estava um tanto chumbo, por dentro...
Peso na consciência, distorção do olhar...
As palavras continham essa densidade do chumbo
e envenenavam o néctar divino da vida com partículas pesadas
tal como whisky das destilarias clandestinas em uma Chicago de outrora
manipulado por "gangsters" e outros tipos que habitavam os porões e as sombras...
Mas, neste vivo-agora, neste presente atento e consciente de se estar
Movo por meio das palavras meu espaço interior
Até que deste cadinho transmute por completo
Ch
umb
o
em
Ouro
☀
.
.
( 30 de novembro de 2019)
Ouvir da pedra o seu silêncio. Contemplar. Aprender da pedra o quanto pedra somos. Porém: o quanto água pensamos, por imagens e palavras fluidas. Portanto, permitir sempre que se desfaça a estrutura rígida de nós mesmos.
as pedraS . . .
Um poema deve ter sempre o
Tempo de um chá
E ao mesmo tempo guardar
Sua essência quase não matéria
Substância etérea que somente
Na alma se sente
Um poema deve ser a
Mais alta ousadia perante
Um mundo que não mais nos permite
Parar
Um poema deve ser esse mergulho
Para dentro de si próprio
Tempo que se suspende
Como o tempo de se sorver
Um chá
( 3 de abril de 2019)
Tempo de um chá
E ao mesmo tempo guardar
Sua essência quase não matéria
Substância etérea que somente
Na alma se sente
Um poema deve ser a
Mais alta ousadia perante
Um mundo que não mais nos permite
Parar
Um poema deve ser esse mergulho
Para dentro de si próprio
Tempo que se suspende
Como o tempo de se sorver
Um chá
( 3 de abril de 2019)
Maravilhosa a impetuosa chuva que desceu sobre o Rio agora!!...
A chuva que sempre confere movimento
Ao concreto estático e estúpido desta metrópole
E esta que agora chega castiga no fundo da indolência
Mas embora severa e fustigante, ela não muda a consciência
Deste povo que se esquece de tudo num instante,
Principalmente durante
Uma simples partida de futebol
Mas
Tenhamos os ouvidos atentos a esta chuva
Plena de frases rítmicas que tanto comunicam
No tanto que as almas sensíveis entendem
Palavras são sempre desnecessárias...
Encerro então este poema
.
(20 de março de 2019, 20:45h)
A chuva que sempre confere movimento
Ao concreto estático e estúpido desta metrópole
E esta que agora chega castiga no fundo da indolência
Mas embora severa e fustigante, ela não muda a consciência
Deste povo que se esquece de tudo num instante,
Principalmente durante
Uma simples partida de futebol
Mas
Tenhamos os ouvidos atentos a esta chuva
Plena de frases rítmicas que tanto comunicam
No tanto que as almas sensíveis entendem
Palavras são sempre desnecessárias...
Encerro então este poema
.
(20 de março de 2019, 20:45h)
Não tenho tempo para futilidades
Meu passatempo é viver meu tempo
E meu passatempo é elaborada ciência
Interior
Alquimia secreta de meu Silêncio
Meu Silêncio é meu templo e meu recolhimento
Meu acolhimento e meu tempo
Presente contínuo e meu contínuo presente
Sou no tanto que sempre estou
Sou neste constante estar em movimento
Neste constante e resoluto e sereno transmutar
Não sou nenhum dos corpos fora
De meu corpo habitante do Silêncio
( 8 de dezembro de 2018)
Meu passatempo é viver meu tempo
E meu passatempo é elaborada ciência
Interior
Alquimia secreta de meu Silêncio
Meu Silêncio é meu templo e meu recolhimento
Meu acolhimento e meu tempo
Presente contínuo e meu contínuo presente
Sou no tanto que sempre estou
Sou neste constante estar em movimento
Neste constante e resoluto e sereno transmutar
Não sou nenhum dos corpos fora
De meu corpo habitante do Silêncio
( 8 de dezembro de 2018)
escrever...
porque tenho expressão própria
e uma impressão digital marcada no espírito
polegar de Deus ou qualquer outra coisa
causa
de tudo isso aqui ser
escrever...
porque é necessário um testemunho
dessa história de tudo
e fazer nascer deste mundo mudo
uma voz que diga que mundo é esse
calabouço de um mudo alvoroço
alvoroço mundo
calado
escrever...
pelo menos até o fim dessa página
para que eu tenha hoje
uma simples fotografia de mim mesmo
Botafogo, 2 de janeiro de 2018
O poeta não precisa ser um ébrio
Ou um desvairado bukowsky bêbado e obsceno
O poeta pode ser o menos provável careta
Sentado à mesa de um café discreto
Bebendo uma água mineral
Sem roupagens de artista louco
Nem feições de um sofrido insone
O poeta é mais um estado de espírito e o próprio espírito
Do que esse corpo físico que apenas sofre e sente
O poeta é este anônimo inconformado
Não com seu anonimato irrevogável e severo
Mas com a loucura inescrupulosa da humanidade nesse mundo
O poeta de verdade é mais um mero transeunte
Cumprindo seu trânsito na superfície terrestre
Porém suas palavras contêm essências
Que a outros sentidos nos despertam
Mas são poucos os espertos que lhe dão ouvidos
E acordam para uma existência verdadeira
( Rio, 5 de fevereiro, 2019)
Ou um desvairado bukowsky bêbado e obsceno
O poeta pode ser o menos provável careta
Sentado à mesa de um café discreto
Bebendo uma água mineral
Sem roupagens de artista louco
Nem feições de um sofrido insone
O poeta é mais um estado de espírito e o próprio espírito
Do que esse corpo físico que apenas sofre e sente
O poeta é este anônimo inconformado
Não com seu anonimato irrevogável e severo
Mas com a loucura inescrupulosa da humanidade nesse mundo
O poeta de verdade é mais um mero transeunte
Cumprindo seu trânsito na superfície terrestre
Porém suas palavras contêm essências
Que a outros sentidos nos despertam
Mas são poucos os espertos que lhe dão ouvidos
E acordam para uma existência verdadeira
( Rio, 5 de fevereiro, 2019)
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