Ouvir da pedra o seu silêncio. Contemplar. Aprender da pedra o quanto pedra somos. Porém: o quanto água pensamos, por imagens e palavras fluidas. Portanto, permitir sempre que se desfaça a estrutura rígida de nós mesmos.
as pedraS . . .
escrever...
porque tenho expressão própria
e uma impressão digital marcada no espírito
polegar de Deus ou qualquer outra coisa
causa
de tudo isso aqui ser
escrever...
porque é necessário um testemunho
dessa história de tudo
e fazer nascer deste mundo mudo
uma voz que diga que mundo é esse
calabouço de um mudo alvoroço
alvoroço mundo
calado
escrever...
pelo menos até o fim dessa página
para que eu tenha hoje
uma simples fotografia de mim mesmo
Botafogo, 2 de janeiro de 2018
O poeta não precisa ser um ébrio
Ou um desvairado bukowsky bêbado e obsceno
O poeta pode ser o menos provável careta
Sentado à mesa de um café discreto
Bebendo uma água mineral
Sem roupagens de artista louco
Nem feições de um sofrido insone
O poeta é mais um estado de espírito e o próprio espírito
Do que esse corpo físico que apenas sofre e sente
O poeta é este anônimo inconformado
Não com seu anonimato irrevogável e severo
Mas com a loucura inescrupulosa da humanidade nesse mundo
O poeta de verdade é mais um mero transeunte
Cumprindo seu trânsito na superfície terrestre
Porém suas palavras contêm essências
Que a outros sentidos nos despertam
Mas são poucos os espertos que lhe dão ouvidos
E acordam para uma existência verdadeira
( Rio, 5 de fevereiro, 2019)
Ou um desvairado bukowsky bêbado e obsceno
O poeta pode ser o menos provável careta
Sentado à mesa de um café discreto
Bebendo uma água mineral
Sem roupagens de artista louco
Nem feições de um sofrido insone
O poeta é mais um estado de espírito e o próprio espírito
Do que esse corpo físico que apenas sofre e sente
O poeta é este anônimo inconformado
Não com seu anonimato irrevogável e severo
Mas com a loucura inescrupulosa da humanidade nesse mundo
O poeta de verdade é mais um mero transeunte
Cumprindo seu trânsito na superfície terrestre
Porém suas palavras contêm essências
Que a outros sentidos nos despertam
Mas são poucos os espertos que lhe dão ouvidos
E acordam para uma existência verdadeira
( Rio, 5 de fevereiro, 2019)
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