as pedraS . . .

I.

uma divindade caminha pela tarde
feliz apenas por estar
sob o sol tênue que arde
levemente por sobre pupilas violetas


II.

minha verdade, é a divindade quem me dá
e, sigo feliz pela tarde,
feliz apenas por caminhar
sol ameno sobre o pensamento
meu corpo meu único instrumento
e foi a divindade quem me deu.
e, feliz daquele que leu
o que o poeta decanta
que sua palavra encanta
qualquer alma que entristeceu




In: Deus, e outras coisas, Acervo EDA