as pedraS . . .

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Fora da Poesia eu quero somente o silêncio
O silêncio puro, o silêncio sagrado

Aqui nesta urbe tudo me conturba
Tudo me tumultua, me exaure

Quero o silêncio como a minha única morada
O Silêncio sem paredes e sem cimento

Quero o Silêncio como minha última pátria
O Silêncio denso, pleno, frio, sussurrado pelo Vento

Quero o Silêncio dentro e quando ele for encontrado
Estarei em casa e triunfarei sobre o tempo.

(Com o olhar de um monge
budista
Miro relógios e vejo as pessoas neles
espelhadas
E sinto na alma uma compaixão
Ou algo parecido por não ser um monge
Mas como um monge perceber o quanto longe
Está a humanidade de si mesma)




(21 de julho de 2017)